Localizada na Rua Cândido Ribeiro ou das Crioulas, no centro histórico de São Luís foi fundada à época do Brasil Império, por malungos africanos, com o auxílio da fundadora da Casa das Minas, e influenciou os demais terreiros de São Luís.
O Nagon Abioton é dedicado ao vodum Badé (Gbadé),
da família de Heviossô, vodum do trovão, cujo correspondente yorubano é Xangô,
compreendia a parte dos fundos de duas casas modestas mantidas por uma
irmandade religiosa. O terreiro passou por períodos de grave crise financeira,
foi fechado e reaberto, foi vendido e readquirido pela mesma irmandade, porém
dessa última vez, a reaquisição correspondeu somente a uma das casas, que é
onde funciona até hoje.
Possuindo hierarquia matriarcal, umas de suas mais
importantes vodunsis foi a Nochê Dudu de Abê (Mãe Dudu), por quem era conhecida
Victorina Tobias Santos (1886-1988), que muito contribuiu para o seu
tombamento. Hoje, apesar do descaso cultural e do número bem reduzido de
brincantes, das quais, mulheres de avançada idade, esmeram-se por manter o
calendário tradicional da casa e a realizar a duros esforços as principais
festas do ano, onde são recebidas entidades africanas e caboclas de origem
européia ou nativa, dentre essas festas, podemos citar: 20 de janeiro - São
Sebastião (Xapanã); 04 de dezembro - Santa Bárbara (Sogbô); 08 de dezembro -
Nossa Senhora da Conceição (Abêmanjá) e a festa do Divino Espírito Santo com
data móvel.